32º
DOMINGO COMUM- DAR SEM MEDIDA
A Liturgia desse domingo nos fala do espírito com que devemos fazer as
nossas OFERTAS.
Dá
muito quem dá tudo, mesmo que esse tudo seja pouco.
Duas
viúvas são protagonistas nas leituras de hoje:
Na 1a
Leitura (1 Rs 17,10-16), temos o Exemplo da viúva de Sarepta.
O povo vivia numa época difícil de seca e fome. O Profeta Elias chega à
cidade de Sarepta, morto de fome e sede. Encontra uma viúva a quem lhe pede
água e pão.
-
Ela dispunha apenas de um punhado de farinha e um pouco de azeite. Ela oferece tudo
o que tem e Deus abençoa a sua generosidade: proporciona alimento, para ela
e para o filho, durante todo o tempo da seca.
* Deus
não abandona quem dá com alegria. A generosidade, a partilha e a solidariedade
não empobrecem, pelo contrário, são geradoras de vida.
No Evangelho
(Mc 12,38-44 , vemos o Exemplo
de outra viúva.
Jesus senta-se perto da caixa de esmolas no templo e
observa:
- De um lado, uma pobre viúva, oferece discretamente duas
moedinhas;
- Do
outro, gente importante dá solenemente grandes quantias.
Jesus
censura o gesto dos fariseus e louva a GENEROSIDADE da viúva.
A
oferta da viúva era pequena, mas era tudo o que ela tinha.
Deus
não calcula a quantia que damos, mas o amor com que damos.
Duas
viúvas, simples e humildes, revelam a grandiosidade dos pequenos gestos. Toda
oferta que brota do coração tem valor incalculável aos olhos de Deus.
A
hospitalidade da primeira é compensada pelo milagre de Elias e a humilde
generosidade da segunda merece de Jesus um grande elogio.
+ Se
Jesus viesse hoje em nossa igreja, o que ele enxergaria?
- A
que grupo nós pertenceríamos?
- Quais
as pessoas que mais oferecem na comunidade?
O Padre, os ministros, os animadores das
pastorais? É difícil responder.
Mas eu tenho a certeza, que muitas pessoas
humildes, silenciosas, muito ocupadas, oferecem à comunidade um serviço
semelhante à oferta da viúva: oferecem
com sacrifício TUDO o que podem.
E Deus não se deixa vencer em generosidade.
- E
se Jesus olhasse as nossas OFERTAS,
o que teria a dizer?
São
ofertas generosas, dadas com alegria, como gesto de amor e de fé, ou é um jeito para se
livrar de uns trocadinhos?
Podemos dar uma esmola material, podemos partilhar nosso
tempo, nossos conhecimentos ou até nossa alegria com um sorriso.
E se
olhasse o nosso DÍZIMO?
É
uma oferta para retribuir a Deus um pouco do muito que recebemos e assim
participar na manutenção da nossa religião?
Ou
apenas nos lembramos quando precisamos de um serviço da comunidade, dando a idéia que é
uma taxa para comprar algum sacramento?
- Na
Bíblia, encontramos com freqüência uma verdade:
Deus, embora criador de todo o universo, sempre quer e exige ofertas da parte dos
homens.
-
Assim já nas primeiras páginas da Bíblia, encontramos os homens oferecendo em
sacrifício as primícias de seus trabalhos, como homenagem de gratidão a Deus.
QUANTO se
deve dar?
Deus não nos dá uma taxa fixa. Deixa a critério de nossa generosidade.
Entre
os Antigos, dava-se o Dízimo (10%), atualmente muitos cristãos dão o Centésimo
(1%) da renda familiar, outros o correspondente a um dia de trabalho por mês.
Deve
ser uma verdadeira oferta, não apenas uma esmola insignificante.
No
Evangelho, vimos muitos ricos colocando grandes quantidades, e a única pessoa
que impressionou a Cristo foi a pobre viúva, que não pôs muito, mas deu tudo o que tinha,
e com alegria.
Podemos
dar também o nosso tempo, em favor da comunidade. Tudo pode ser feito com
gestos muito simples, como o da viúva..
- Como partilhamos aquilo que somos e temos?
A
Escritura nos garante: "Deus ama a
quem dá com alegria". (2Cor 9,7)
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa
FONTE: Buscando Novas Águas