domingo, 16 de fevereiro de 2014

Senhor eis-me aqui para fazer tua vontade!


Profundamente consternados com a partida do nosso querido. Amado irmão Pe. Roberto Bessa ė que escrevemos estas linhas com muita dor e tristeza, mas com muita esperança e fé.
"Senhor eis-me aqui para fazer tua vontade!" Foi este o lema da ordenação sacerdotal do Pe. Roberto Bessa. Ele, posso testemunhar buscou fazer a vontade de seu e nosso Senhor com muita dedicação, entusiasmo e empenho. Bessa, ajude-nos, neste momento a acolher na fé a vontade do Senhor.
A morte ė uma realidade muito dolorosa, âmbito emblemática. Difícil de ser acolhida e compreendida. Só a fé para vir em nosso socorro e nos ajudar a amenizar a dor e o sofrimento.
Toda nossa Delegação sofreu e sofre este momento. Pe. Roberto era uma pessoa de extrema fraternidade. Calmo, sereno, dedicado, focado no que lhe era confiado, homem de oração. Entusiamado pela vida religiosa e pelo sacerdócio. Ficará na lembrança suas lágrimas sendo derramadas ao vestir comas. Vestes sacerdotais o seu colega Pe. Jardel na celebração de ordenação no sábado passado.
No domingo passado fomos dar uns passos no pátio da nossa casa em São Luís e ele me falava dos desafios, avanços e projetos da missão como diretor do Centro Educacional e Social de Marituba. Falava me de suas fėrias, da missa de primeiro ano de falecimento que iria celebrar para seu pai em sua comunidade de origem, do Capitulo Geral... Na celebração da primeira missa de Pe. Jardel sentei- e à sua direita e na hora do abraço da paz lhe desejei boas férias e ele me disse: "serão boas, padre!" Amado pelos colegas e coirmãos. Cheio de planos bonitos para a missão... "Faça-se!"
Em nome de toda a nossa Delegação quero agradecer de coerção à comunidade de Marituba por estar acolhendo este coirmão nestes últimos tempos, como também a todos os que formám o CESM pelo trabalho feito em conjunto e apoio dado ao Pe. Roberto. Agradecer a Dom Itamar Vian, Arcebispo de Feira de Santana pela presença amigas, fraterna e paterna neste momento de dor. Dom Itamar presidiu a eucaristia de exéquias. Aos diversos sacerdotes, religiosos, religiosas, amigos e amigas que ser fizeram presentes nos funerais ou que nós enviaram mensagens de condolências. Deus vós recompense por estes gretamos de fraternidade.
Nossa gratidão maior a Deus por nos ter dado um amigos, um irmão, um sacerdote tão qualificado e dedicado. Aos familiares pelo filho e irmão tão querido. À comunidade do Paiaiá pelo carinho, colaboração e verdadeira veneração pelo Pe. Roberto. Diziam-me: é o orgulho da nossa comunidade.
E a você Bessa nossa gratidão e abraço fraterno. Nós te amamos! Vai em paz e seja nosso intercessor junto do Pai que você já pode contemplar não Glória. Um dia desejamos te encontrar e viver contigo a festa, a fraternidade, a comunhão que no céu nunca se acaba.
Que este momento sirva para vivermos mais os gestos de fraternidade, o cainho, dedicação e cuidado pelos coirmãos. Que sirva para crescermos ainda mais no espírito de família e no amor recíproco.
Que fé e a esperança de que Jesus é o caminho, a verdade e a a vida nos sustente.
A todos e a todos abraço afeto fraterno. Com lágrimas pela perda, mas com muita esperança e amor no coração!

Pe. Jailton de Oliveira Lino

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Falecimento Pe. Roberto Bessa


Com imensa dor e pesar comunicamos que faleceu ontem, 10/02, nosso querido coirmão Pe. Roberto Bessa (32 anos).
O Pe. Roberto estava indo para sua família em Santo Estevão-BA para uns dias de férias. No caminho, entre Feira de Santana e Santo Estevão, sofreu um trágico acidente e veio a falecer.

Missa de corpo presente será no dia 12/02 ás 08hs:00 na  Igreja Matriz em Santo Estevão,  o sepultamento no mesmo dia ás 09hs:00. (aguardando mais informações)

Roberto Bessa Santos, nasceu em 28 de maio de 1981 na cidade de Santo Estevão – BA. Filho de Nelson do Amor Divino Santos (in memorian) e Nelza Bessa Santos. Ingressou na congregação no dia 21 de fevereiro de 2001 no COV de Feira de Santana – BA, fazendo todas as etapas de sua formação inicial no Regional Norte/Nordeste.
No final do ano de 2006 em 31 de dezembro, ingressa no Noviciado Nossa Senhora do Caravaggio na cidade de Farroupilha – RS, e um ano depois em primeiro de janeiro de 2008 também em Farroupilha –RS emite a sua Primeira Profissão Religiosa na Congregação dos Pobres Servos da Divina Providência. Três anos depois, em primeiro de janeiro de 2011 emite a sua Profissão Trienal, tornando-se assim, membro definitivo da Obra.
O ano de 2012 foi muito significativo para o Pe. Roberto Bessa, pois, foi neste ano que ele deu o seu “SIM” rumo à realização concreta de seu chamado e missão. Roberto Bessa é ordenado neste ano Diácono e posteriormente Sacerdote. Sacerdócio este desempenhado co carinho, amor e delicadeza, sempre sendo presença significativa em sua missão.
O Pe. Roberto Bessa no exercício do seu apostulado passou por São Luís – MA na comunidade do CESJO do ano de 2008 até 2011, esta foi sua primeira missão como religioso Pobre Servo.
Em 2012 a Congregação lhe confia uma nova missão: Trabalhar no CESM em Marituba-PA e no ano passado tornou-se Diretor Operacional do mesmo.
Querido Padre Roberto Bessa, você marcou a vida de todos aqueles que te conheciam com sua simplicidade, honestidade, carinho... Seriam vários e vários adjetivos para descrever esta santa pessoa que você foi. Nosso muito obrigado e peçamos que interceda por nós junto ao nosso Santo Pai proclamador São João Calábria. Os anjos entoam glória ao Senhor, pois, o Céu ganhou mais uma alma. Você estará sempre em nossos corações;

Congregação Pobres Servos da Divina Providência
Delegação Nossa Senhora Aparecida – Brasil

Pe. Roberto Bessa - * 26/05/1981 †10/02/2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO



MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA A QUARESMA DE 2014

Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9)

Queridos irmãos e irmãs!
Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas reflexões com a esperança de que possam servir para o
caminho pessoal e comunitário de conversão. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São
Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por
vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto
encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós,
cristãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à
pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?

A graça de Cristo
Tais palavras dizem-nos, antes de mais nada, qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos
meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, Se fez
pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao
nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo
semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de
tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em
doar-Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do
amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez
connosco. Na realidade, Jesus «trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana,
agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se
verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, excepto no pecado» (Conc. Ecum. Vat. II,
Const. past. Gaudium et spes, 22).
A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para
vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensacional. Pelo
contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus
não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com
piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a
João Baptista para O baptizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de conversão; mas fá-lo
para se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e carregar sobre Si
o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, salvar, libertar da
nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de
Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de
Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2).

Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu
modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado
meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira
salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de
Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados,
comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de
confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a
sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não
duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua
relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a
tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua «rica
pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no
Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf.Rm 8, 29).

Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só
há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

O nosso testemunho
Poderíamos pensar que este «caminho» da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos
depois d'Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada
época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz
pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não
pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e
comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.

À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a
ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a
miséria é a pobreza sem confiança, sem solidariedade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de
miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que
habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da
pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento,
a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural.
Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das
necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos,
vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso
compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade
humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o
poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição
equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à
sobriedade e à partilha.

Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado.
Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se
deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o
sentido da vida; sem perspectivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se vêem
constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade
de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes
casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é
causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge
quando nos afastamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que
em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos auto-suficientes, vamos a caminho da falência. O
único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.

O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o
ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o
nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida
eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e
esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi
confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na
escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o
pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir
novas vias de evangelização e promoção humana.

Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solícita para
testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangélica, que se
resume no anúncio do amor do Pai misericordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E
poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos
enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á
bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a
nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem
esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.
Pedimos a graça do Espírito Santo que nos permita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a
muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo possuindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos
propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos
misericordiosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada
crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis
por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

Vaticano, 26 de Dezembro de 2013
Festa de Santo Estêvão, diácono e protomártir
FRANCISCO

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